Há um tempo atrás fui convidada a me mudar para o Rio de Janeiro a trabalho. O nome do “cargo” me chamou muito a atenção. Era para eu ser Vibe Manager de uma startup. Não aceitei o convite por estar envolvida em outros projetos mas esse título nunca esqueci e agora resolvi incorporar. Sou Vibe Manager na minha empresa e na empresa dos meus clientes.
O que seria um “Vibe Manager” ?
O VB é uma pessoa que tem uma pegada comunicadora, perfil alto astral, que saiba envolver todos os setores na mesma vibe, no mesmo propósito, assim como provocar na comunidade da marca, experiências centradas na energia da empresa. Essa pessoa é um tipo de relações públicas e dependendo pode até ser um gerente de RH e seus headhunters (caça-talentos). Alguém que vai selecionar equipes good vibes, organizar eventos, proporcionar a convidados e clientes excelentes experiências desde a recepção… Enfim, deixar todos a vontade, felizes e com expectativas superadas. Salários que vão até R$25k a R$30k por mês (US$ 85k por ano, segundo © 2018 Dow Jones & Company, Inc. Todos os direitos reservados).
Nossa… que esotérica a Alline Jajah!! kkkk. Sou mesmo, gente! Observem que o clima organizacional é motivo de estudo para a turma do RH (não sou especialista no assunto, mas até podemos pensar numa live sobre esse tema, o que acham?) CLIMA. VIBE. ENERGIA DO LUGAR. Não adianta negar que tem lugares dos quais não queremos ir embora, tem pessoas que nos conquistam…
Você entra tem uma música coerente, um cheiro gostoso, pessoas com semblante tranquilo, educadas e atenciosas… E exemplificando com perfis digitais, alguns nos fazem passar horas envolvidos pois oferecem conteúdos que nos interessam… Coerência no propósito.
Normal a gente se envolver com situações que nos despertam algum interesse, mas, por que algumas empresas são amadas e outras não, pelo time e pelos clientes?
Em primeiro lugar, time. Time por que é um time. Precisa de todo mundo pra rolar um resultado positivo. Você pode até ser o técnico, mas quem está em campo jogando? Técnico direciona as atividades, as demandas, motiva e exige. Dá exemplo. Foi exemplo. É exemplo. Time good vibe troca feedbacks numa boa, não leva para o lado pessoal, mas aproveita para crescer. Amo essa vibe startuper de “feedback é do bem”. E se o time está em paz, não quer guerra com ninguém. O cliente é o maior favorecido. Seus rendimentos, também.
Quem hoje permanece no mercado inova nas percepções e nas experiências dos clientes. O ser humano se envolve com aquilo que ama, admira, que o faz engajar, que supre alguma necessidade, que desperta um desejo, uma inclusão. Em resumo, uma sensação positiva que só é capaz de alcançar se todo o percurso da experiência foi positivo. Ainda que tenha tido alguma situação inusitada ou despropositalmente ruim, a maneira como você e seu time se posicionam vai fazer toda diferença na sensação final.
Esse texto não tem nenhum embasamento teórico aprofundado, escrevo isso porque acabo de entrar como aluna especial no Mestrado da Universidade Federal de Goiás, na matéria Estratégias de Marketing com o Prof. Ricardo Limongi – grande pesquisador na área. No mundo acadêmico é preciso que toda posição tenha uma fundamentação. Minha fundamentação aqui é puramente pessoal e empírica. Claro que teórica também, afinal li bastante coisa nessa vida e experienciei mais coisas ainda trabalhando em diversas empresas, desde os 12 anos, que me tornaram quem sou: alguém que sabe que nada sabe.
Ouvi ano passado na Alemanha, no evento da Aliança Jovem do G20, G20 Young Entrepreneurs Alliance Summit, cujo tema era “Digital Trends for Future Business” (Tendências Digitais para Negócios do Futuro) a metáfora do conhecimento e da bola de sabão: na bola de sabão o conhecimento é o ar interno, e o que desconhecemos, a superfície da bola de sabão. Quanto mais uma bola de sabão se expande, mais sua superfície se expande. Assim é o conhecimento, quando mais se adquire, a superfície – que representa o que não sabemos – também aumenta. Assim, o saber é proporcional ao não saber. Quanto mais se sabe, menos se sabe.
Mas o texto aqui, não é sobre saber. É sobre sentir. Como você faz as pessoas se sentirem revela muito sobre a sua essência, a essência do seu business e a energia que você quer passar. Somos todos vibe managers e, observe, tudo que a inovação representa, são formas de trazer experiências positivas a quem vai consumi-la. Já parou pra pensar nisso?
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Alline Jajah Franco é especialista em Times Inovadores pelo MIT, MBA em Mkt pela FGV, Vibe Manager da @JajahMkt e estrategista digital para empresas e empreendedores.