Nascer com alguma necessidade especial ou deficiência física para muitos pode ser um grande obstáculo na hora de executar ações simples do cotidiano, como brincar, praticar atividades físicas, ir ao mercado, dançar, ou até mesmo se tornar um atleta. Mas isso é algo que nunca abalou Millena França dos Santos, de 22 anos, que tem encurtamento no fêmur da perna esquerda. Esse tipo de patologia é de origem congênita caracterizada pela diminuição do tamanho do fêmur (osso da coxa), podendo apresentar deformidades associadas e até ausência parcial do osso.
Millena é estudante de Psicologia da Faculdade Estácio de Goiás e, segundo sua treinadora Gabriela Carvalho, é uma das grandes promessas de medalha brasileira no tênis de mesa para 2020, na paralimpíada de Tóquio, no Japão, que acontecerá entre os dias 25 de agosto e 6 de setembro. Nas últimas três paralimpíadas, Pequim 2008, Londres 2012 e a do Rio em 2016, o Brasil teve bom desempenho, terminando na nona colocação geral em 2008 (16 ouros e 47 medalhas no total), na sétima em 2012 (21 ouros e 43 medalhas no total) e na oitava em 2016 (14 ouros e 72 medalhas), e a tenista classe sete promete se esforçar ao máximo para conseguir sua vaga para o Japão e trazer o título de campeã.
A tenista em cadeira de rodas começou nesse esporte aos 11 anos por indicação de sua fisioterapeuta, aos 13 anos disputou seu primeiro campeonato, conquistando a 2º colocação, fazendo que todos vissem nela grande potencial. Em 2013, no Parapan de Jovens, na Argentina, foi vice-campeã individual e duplas mistas. Mas foi em 2014, com 17 anos que começou a praticar o tênis de mesa e desde então foi destaque nos campeonatos brasileiros disputados entre 2015 e 2018. Ela não perdeu nenhuma disputa para uma mesatenista brasileira.
Ela está confirmada para competir no Parapanamericano, em Lima (Peru), em agosto desse ano. Para garantir sua vaga na paralimpíada de Tóquio, Millena precisa ser campeã no Parapan e participar de dois campeonatos em outro continente.
Para Millena ser atleta significa se doar, aprender com as derrotas e as vitórias e saber que cada jogo é uma nova experiência. “Sabemos que o esporte não é para toda a vida, ainda mais sendo um esporte de alto rendimento, o corpo tem desgaste físico e isso pode influenciar diretamente na performance”, ressalta.
Foco nos estudo e diversão na infância
Millena sempre foi muito dedicada aos estudos e cursou o Ensino Fundamental em escolas públicas. No Ensino Médio conseguiu um bolsa integral em uma escola privada. Sua primeira graduação foi Educação Física e atualmente cursa o segundo período de Psicologia também com uma bolsa integral na Faculdade Estácio de Goiás. “Ter a Estácio como uma apoiadora é de grande importância, pois é por meio dos estudos que obtemos uma transformação na nossa vida. Essa instituição está me propiciando um ensino superior excelente, com profissionais, estrutura e materiais didáticos de qualidade”, enfatiza Millena.
Em se tratando da deficiência, Millena relembra que durante a infância foi tranquilo, usava sapato ortopédico que a auxiliava no caminhar. Aos sete anos de idade passou por algumas cirurgias para a correção do membro inferior. “Após a cirurgia, consigo me lembrar somente dos momentos marcantes. Eu mesmo usando gesso consegui incrivelmente quebrar a perna pulando em cima da cama na casa de uma amiga. Logo depois quando eu usava uma tala, fui brincar em um parque de diversão e lá consegui trincar a perna em um escorregador”, relembra Millena em sua época de infância.
Quando criança ela gostava de ir para casa dos primos e brincar (pega-pega, biloca, bete, futebol e pic). Na escola sempre participou das aulas de educação física, as vezes era preciso fazer alguma adaptação, mas nada tão fora do normal. Sempre gostou muito de esportes e isso a influenciou na escolha do seu primeiro curso superior. “Acredito que a deficiência em si não me impossibilitou de realizar meus sonhos, sempre me percebi como uma pessoa ativa e produtiva ao fazer minhas atividades diárias”, finaliza.
Sobre o programa Estácio no Esporte
O programa Estácio no Esporte existe desde 2013 e é um dos pilares do Programa de Responsabilidade Social Corporativa da Instituição, ao lado de Escola, Cidadania, Cultura e Inovação e Empreendedorismo. São mais de 500 atletas patrocinados e apoiados por meio de bolsas de estudo, envolvimento na promoção de alguns dos principais eventos esportivos do Brasil, bem como parceria com diversas ONGs e instituições esportivas.
Por meio do pilar Esporte, a Instituição é hoje uma das maiores incentivadoras do segmento no país. A Estácio também é signatária do Pacto pelo Esporte. O programa Estácio no Esporte conta com atletas como Laís Souza (ex-atleta de ginástica), Chloé Calmon (surfe), Daniele Hypólito (ginástica), Marcelinho Machado (ex-atleta de basquete), Bruno Soares (tênis), entre outros. Presente nos Jogos Rio 2016, a Estácio foi a primeira instituição de ensino apoiadora olímpica e, por meio de sua área de soluções corporativas, foi a provedora dos serviços de seleção e capacitação dos 140 mil voluntários e 6000 colaboradores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
Em 2016, a companhia conquistou o Prêmio Aberje Nacional na categoria Comunicação de Programas, Projetos e Ações Esportivas com o case “Estácio no Esporte – Formando Campeões”. O case mostrou a forte e ampla ligação da instituição com o esporte ao longo dos anos e no período dos Jogos Olímpicos.