Interessados podem se manifestar sobre parecer favorável pela revalidação dos bens como Patrimônio Cultural do Brasil
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) abriu consulta para revalidar os títulos de Patrimônio Cultural do Brasil da Feira de Caruaru (PE) e do Tambor de Crioula (MA). Qualquer cidadão, organizações e os próprios detentores desses bens podem se manifestar, analisando os pareceres técnicos até o dia 15 de fevereiro.
Para a Revalidação do Título de Patrimônio Cultural dos bens registrados, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) elaborou, em parceria com pessoas e organizações diretamente envolvidas com os bens culturais em Pernambuco e no Maranhão, Pareceres de Reavaliação sobre as transformações pelas quais passaram a Feira de Caruaru e o Tambor de Crioula. Os documentos fazem uma comparação entre o momento do registro do bem e os anos posteriores, identificando aspectos culturalmente relevantes ou empecilhos à sua continuidade. Além disso, os pareceres trazem recomendações e encaminhamentos para a continuidade do processo de salvaguarda dos bens.
Para participar é preciso enviar e-mail para dpi@iphan.gov.br ou via correspondência, para o Departamento de Patrimônio Imaterial – Diretor – SEPS Quadra 713/913, Bloco D, 4º andar – Asa Sul -Brasília – Distrito Federal – CEP: 70.390-135. A revalidação de um bem cultural registrado pelo Iphan acontece pelo menos a cada dez anos, de acordo com o Decreto nº 3.551/2000, que institui esse instrumento de proteção.
Feira de Caruaru e Tambor de Crioula
Localizada em Caruaru (PE), a cerca de 123 km da capital Recife, a Feira de Caruaru foi inscrita no Livro de Registro dos Lugares no ano de 2006 em função da sua relevância como lugar de memória, saberes e práticas culturais. A feira reúne produtos e expressões artísticas vinculadas ao comércio de gado e aos produtos de couro, brinquedos, figuras de barro e uma série de outros objetos e conhecimentos próprio da região.
Já o Tambor de Crioula do Maranhão, inscrito no Livro das Formas de Expressão em 2007, é uma manifestação afro-brasileira que envolve dança circular, canto e percussão. Registrada na maior parte dos municípios maranhenses, o Tambor é realizado em praças, ao ar livre e no interior de terreiros. Sem calendário pré-fixado, a manifestação é praticada principalmente em louvor a São Benedito. Marcada pelas dançadeiras ou coreiras, seguindo os baques do tambor, a dança ainda tem como destaque a umbigada ou punga – gesto de saudação e convite. Um conjunto de práticas que compõem a identidade de resistência da população negra maranhense.
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