Trabalhar de casa há muito tempo se tornou uma opção disponibilizada por empresas de diversos portes. Para muitas dessas companhias, as infraestruturas e as políticas necessárias para esta realidade estão certamente estabelecidas. Mas o que dizer da completa novidade que é para outros negócios que não estavam adaptados e que até agora não tinham tido necessidade de criar condições para o trabalho à distância?
Podemos afirmar que o contexto laboral criado com a evolução digital e remota provocada pela COVID-19 mexeu com o paradigma do trabalho remoto. E não pela novidade no conceito ‘home office’ em si, que nasceu nos anos 70 do século passado, mas pela escala que pode atingir em cada empresa e os novos requisitos tecnológicos e inovações nas formas de trabalho que apresenta. É muito mais complexo garantir o sucesso do home office para uma equipe completa de colaboradores com grande número de funcionários e demanda de permanência sem tempo determinado para o retorno da normalidade. O que antes era mais fácil de ser implementado, pois acontecia de forma pontual, agora as empresas precisaram se adaptar com maior abrangência possível diante da necessidade de isolamento social.
Portanto, o sucesso do trabalho remoto está ligado à capacidade da infraestrutura da empresa em entender as circunstâncias, diante da pandemia em que vivemos atualmente, sob pena de todo o sistema colapsar. E tudo isso começa pela segurança da informação guardada na própria estrutura da companhia de um lado, e terminando na divisão dos acessos para cada colaborador, em casa, de acordo com prévias autorizações do TI.
O ideal é apostar em um serviço de segurança que garanta a proteção dos riscos à infraestruturas tecnológicas, contemplando um serviço de cibersegurança dinâmico, que proteja a ação dos próprios colaboradores ao utilizarem o sistema, e prevenindo, inclusive, de ameaças em volta de procedimentos mais comuns. Quando esses tipos de serviços não estão contemplados, a utilização de uma firewall de perímetro, dispositivo de uma rede de computadores que tem por objetivo aplicar uma política de segurança a um determinado ponto da rede, pode servir de alternativa. Por exemplo, uma infraestrutura alojada em um Datacenter é importante desenhar arquiteturas específicas para esta finalidade. Isto irá permitir que um conjunto de utilizadores possam se ligar via ferramentas de forma simples e segura à infraestrutura de TI da empresa e aos seus sistemas.
Desta maneira, mais do que criar infraestruturas sobredimensionadas para as necessidades atuais, é importante que as empresas contratem em seus provedores soluções flexíveis, que possam rapidamente crescer mediante as necessidades. Neste tipo de situações de contingência, a quantidade de colaboradores conectados à infraestrutura de uma empresa de forma remota, implica em outras alterações concretas que as companhias deverão seguir de acordo com a demanda.
Para finalizar, é importante a escolha de um provedor com uma oferta modular, flexível e transparente pode fazer toda a diferença para o negócio. Esse é o primeiro passo para otimizarem as ferramentas de trabalho remoto e garantir a continuidade do negócio, mesmo com grande parte da sua força de produção estar realizando serviços de forma online.

*Marcelo Costa é Arquiteto de TI da Claranet Brasil, com especialização em segurança da informação. O profissional atua no segmento desde 2017, em frentes como Planejamento, Implementação, Migração e suporte à infraestrutura de TI em provedores de nuvem pública (AWS, Azure e Google Cloud), incluindo plataforma, sistemas operacionais Windows e Linux, rede, monitoramento, otimização de custos e otimização de desempenho. Além disso, trabalha na sugestão de melhorias nos modelos de configuração e arquitetura de infraestrutura. Outra habilidade é a elaboração de RCAs, criando e revisando documentação, procedimentos e instruções de trabalho para implementação e operações, planejando e implementando sistemas corporativos como identidade e acesso, email, firewall, redes e fornecendo suporte às demais equipes em suas tarefas.