A alíquota atual é de 16%
Ao citar a decisão anterior de zerar a alíquota para a importação de armas, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, no dia 14 de janeiro, que os pneus importados também não terão imposto¹. Atualmente, a tarifa de importação está em 16% e afeta, principalmente, os caminhoneiros.
Segundo o presidente, ele definiu a redução com o Ministério da Economia. Porém, a decisão foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal. Então, ainda existe um clima de indecisão no ar – que pode terminar nos próximos dias.
Por que a taxa de importação afeta mais os caminhoneiros?
Apesar de as marcas mais famosas de pneus serem estrangeiras, a maioria dos produtos é fabricada aqui. Esse é o caso das empresas Pirelli, Michelin e Bridgestone.
Desse modo, os pneus mais populares não são os importados, mas, sim, os nacionais. Tanto que muitos consumidores brasileiros nem conhecem as marcas estrangeiras, como a sul-coreana Roadstone. Até porque os produtos da empresa entraram para o mercado recentemente, em 2012.
Portanto, quem sofre mais com a manutenção veicular são os caminhoneiros. Para eles, a alíquota de 16% em um produto pode causar um grande impacto no orçamento. Até porque, o item para caminhão já é bem mais caro do que para um automóvel de passeio.
No Tenda Atacado, por exemplo, é possível encontrar pneu nacional por R$ 239². Já na Magazine Luiza um produto importado sai por mais de R$ 700.
Pneus importados são melhores?
Atualmente, existem produtos de boa qualidade tanto fabricados no país quanto fora dele. Então, se a alíquota da importação for zerada, os consumidores poderão escolher de acordo com os próprios critérios, e não apenas pelo o que é mais barato.
O Inmetro analisa todos os pneus que são vendidos no Brasil³. Isso considera três critérios específicos que são: aderência em pista molhada, ruído externo e resistência no rolamento.
No caso da resistência ao rolamento, se o pneu for muito resistente, então, o veículo terá que fazer mais força para se deslocar e gastará mais combustível. A aderência à pista molhada está relacionada com a segurança e a distância que o veículo percorre depois da frenagem. Por sua vez, o ruído indica se o pneu faz muito barulho ao rodar.
Essas informações podem ser obtidas na etiqueta do próprio produto. A resistência e a aderência recebem uma nota de A até F, sendo que o A representa uma qualidade maior. Já o ruído é exibido em decibéis.
Uma forma de comparar os pneus disponíveis no mercado é analisar o custo-benefício. Um produto de qualidade, por exemplo, poderá rodar até 60 mil quilômetros antes que precise ser trocado. Nesse caso, se ele custar R$ 300, então, o comprador poderá fazer R$ 300 dividido por R$ 60 mil – o que dá R$ 0,005.
Porém, para saber sobre a qualidade do pneu, ainda mais se for de uma marca que desconhece, é importante buscar referências na internet e, se possível, consultar os resultados dos testes. Afinal, essa peça é necessária para que o automóvel rode com segurança, tanto para o motorista e passageiro quanto para as outras pessoas que estão na pista⁴.
Como visto, apesar de ainda não ser certa a redução na alíquota para pneus importados, caso isso se confirme, os consumidores poderão ter maior autonomia na hora da compra. Eles não precisarão adquirir algo nacional apenas porque está mais barato. Agora é aguardar para ver se a mudança realmente irá ocorrer.
Fontes:
1 – Artigo do Infomoney sobre redução na alíquota https://www.infomoney.com.br/economia/bolsonaro-diz-que-governo-vai-zerar-tarifa-de-importacao-de-pneus/
2 – Folhetos de Ofertas no Porta Folhetos: Ofertas Tenda Atacado
3 – Artigo do AutoEsporte sobre as notas dos pneus https://autoesporte.globo.com/carros/noticia/2019/12/os-pneus-novos-tem-uma-nota-saiba-decifrar-informacoes-tecnicas.ghtml
4 – Dicas sobre como escolher pneu https://www.terra.com.br/parceiros/guia-do-carro/pneus-como-escolher-o-melhor-tipo-para-sua-utilizacao,5b2f12dec8ab7972c27de13afea3ced9y6m0hy8r.html