Promovida pelo Sesc São Paulo por intermédio de seu Centro de Pesquisa e Formação (CPF), a série Ideias traz a transmissão ao vivo de debates sobre as principais questões socioculturais e educativas atual. Com horário fixo sempre às 16h, as transmissões acontecem ao vivo pelo Youtube da Instituição.
Nesta semana, a série trata de assuntos diversos, como Reality Shows de Confinamento, A Perspectiva dos Surdos Oralizados, e, Acalantos e a Conexão Através da Voz como Cuidado Ancestral. Confira a programação abaixo:
02 de março, terça-feira
Reality Shows de Confinamento
O que explica o sucesso de um programa de televisão, no qual pessoas confinadas em uma casa se submetem a provas de resistência física e psicológica, abrindo mão da privacidade, totalmente à mercê de uma edição que pode eleger heróis e vilões, em troca da chance de ganhar fama e um prêmio milionário? O que há de ficção e o que há de realidade nesse tipo de entretenimento? O que ele nos diz sobre nossa sociedade e nossos valores? Trata-se apenas de um jogo, um projeto ideológico de alienação, controle e exclusão ou de uma vitrine para se debater pautas sociais? Como esses programas se relacionam com as redes sociais e qual é o papel do público nas narrativas construídas?
Participantes:
Silvia Viana Rodrigues – doutora em Sociologia pela USP, professora da FGV e escritora do livro “Rituais de Sofrimento” (Boitempo, 2013). É estudiosa de crítica cultura e teoria crítica, desenvolvendo pesquisas a respeito de ideologia, indústria cultural, trabalho e subjetividade.
Bruno Campanella – professor do curso de graduação em Estudos de Mídia e do Programa de Pós-graduação em Comunicação, ambos da UFF. Autor do livro “Os olhos do grande irmão: Uma etnografia dos fãs do Big Brother Brasil” (Sulina, 2012).
Mediação e apresentação:
Danilo Cymrot – doutor em Criminologia pela Faculdade de Direito da USP. Pesquisador do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo.
04 de março, quinta-feira
A Perspectiva dos Surdos Oralizados
A surdez, como uma das diversas características humanas, é um campo plural de muitas identidades – desde pessoas que se comunicam por meio da Libras (Língua Brasileira de Sinais) até aquelas que falam a língua portuguesa. Cada grupo traz falas, lutas e necessidades por vezes diferentes, mas que se complementam na discussão por efetivação de direitos da população surda em geral. Tecnologias como implantes cocleares, aparelhos auditivos e o recurso da leitura labial são muito utilizadas atualmente como mecanismos de acesso a esta população. Estes recursos colaboram para a autonomia de uma grande quantidade de pessoas que nascem surdas ou que desenvolvem algum grau de deficiência auditiva ao longo da vida. Conhecer as demandas desta população é essencial para a equidade de atendimento nos serviços públicos, na educação, na saúde, na área cultural e no lazer. O debate traz à tona a perspectiva dos surdos oralizados, contribuindo para o esclarecimento de seus direitos e de suas formas de viver o mundo. Que ferramentas são relevantes para um surdo que se comunica em língua portuguesa? Como propiciar que esta diversidade seja visibilizada e atendida em sua vida cidadã?
Participantes:
Paula Pfeifer – escritora, consultora e criadora do movimento #SurdosQueOuvem.
Mediação e apresentação:
Luciana Itapema – gerente adjunta do Sesc Ipiranga.
06 de março, sábado
Acalantos e a Conexão Através da Voz como Cuidado Ancestral
Com o fechamento das unidades do Sesc SP a partir de março de 2020, o Programa Espaço de Brincar passou a elaborar ações online direcionadas à Primeira Infância (0 a 6 anos), de modo a manter vínculos com os públicos e diminuir a sensação de isolamento imposta aos pequenos. A intenção é promover trocas entre bebês, crianças, mães, pais e cuidadores(a)s, com conteúdo como oficinas, jogos, brincadeiras e descobertas, e estimular uma convivência mais brincante. Promovidas por diversas unidades do Sesc, as ações estão reunidas em #coisadebebê_sesc. Compartilhadas nas redes sociais, em grupos fechados ou em plataformas de comunicação digital, têm o adulto como interlocutor para evitar a hiperexposição das crianças ao excesso de telas. O encontro nos instiga a relembrar quais cantigas nos embalaram e quais permanecem e resistem em nossa memória – e seguimos cantarolando e acalentando nossas crianças -, como um modo natural e íntimo de cuidado e conexão entre cuidador e bebê.
Participantes:
Magda Pucci – musicista, escritora e pesquisadora das musicalidades indígenas brasileiras.
Lucilene Silva – educadora musical e pesquisadora de cultura infantil e música da infância.
André Luis Pereira dos Santos – filósofo, musicista, pesquisador das corporeidades e musicalidades afro-diaspóricas.
Mediação e apresentação:
Sabrina da Paixão: pesquisadora do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP.
