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Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás prepara musicistas para mestrados na Europa

19 de julho de 2021 Nenhum Comentário

Experiência em orquestras de tal categoria proporciona importantes conquistas na área

 

A carreira de músico profissional é o sonho de muitos jovens. Mas para que esse sonho seja realizado é preciso muita dedicação e uma rotina que possibilite, ao longo do tempo, aprendizado e evolução na área.

Tendo em vista tal realidade, a Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás (OSJG), uma iniciativa da Escola do Futuro de Goiás em Artes Basileu França, prepara, há 20 anos, jovens que se interessam pela carreira musical. É o caso da percussionista Jacqueline Dourado e da flautista Sara Orioli. As alunas da referida orquestra iniciaram suas trajetórias na área ainda crianças e, após anos de estudos e experiência, foram aprovadas em mestrados na Alemanha, no primeiro caso, e em Portugal e na Inglaterra, no segundo caso.

Jacqueline Dourado, 26, iniciou a carreira na Música aos 12 anos, em uma banda marcial de Goiânia (GO). Após alguns anos, começou o curso de Teoria e Instrumento no Basileu França, com o professor Walace Patriarca, e passou a tocar em alguns Grupos Sinfônicos da Instituição. “Durante essa passagem pelo Basileu, eu iniciei o curso de Bacharelado em Percussão pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com o Professor Fábio Oliveira. Formei no ano de 2018 e agora em 2021 eu inicio o mestrado na Escola de Música e Dança de Colônia, na Alemanha. O mestrado terá a duração de dois anos, podendo ter uma extensão de mais seis meses”, comenta.

A percussionista revela que conheceu o Basileu França por meio do professor Wilson Resende. E que, em 2013, ingressou na OSJG, tendo permanecido por cinco anos, e retornado no ano seguinte (2019). Junto à Orquestra Jovem, participou de turnês na China, em 2017, e em Trancoso (BA), em 2018 e 2020.

Além disso, Jacqueline Dourado conquistou o 3° lugar no concurso de Percussão Orquestral, nível nacional, da PAS (Sociedade das Artes Percussivas) Brasil e participou do Festival de Campos do Jordão (SP), em 2018, do Festival Sesc Pelotas (RS), em 2020, e dos Festivais de Música da UFG, entre os anos de 2014 e 2018, todos como bolsista. Também atuou como musicista convidada na Orquestra Sinfônica de Goiânia (OSGO) e na Orquestra Filarmônica de Goiás (OFG), com a qual participou de diversas turnês nacionais e de gravações de CDs. A jovem ainda realiza um projeto de Duo com o percussionista Khesner Oliveira, pelo qual publicaram um CD nas plataformas Spotify e YouTube, em 2019. Também participa de outros projetos com o grupo Música Íntima, além de ser musicista do Proyatê Produtora Cultural.

Sobre a importância da Orquestra Jovem em sua carreira, Jacqueline Dourado revela ter sido essencial. “Eu acredito que a OSJG prepara bastante o músico para a carreira profissional. Não são todos que têm a oportunidade de ter uma orquestra que paga uma bolsa todo mês para que nós alunos consigamos ter várias experiências maravilhosas de repertório, viagens e concertos. Fico muito feliz por ter participado todos esses anos das atividades da OSJG”, afirma.

Por sua vez, a flautista Sara Orioli, 28, possui uma longa trajetória na Orquestra Jovem. A musicista iniciou na área aos 8 anos, no Centro Livre de Artes, em Goiânia. Primeiramente, começou a tocar piano e, aos 15 anos, passou a tocar flauta, quando ingressou na OSJG. Dois anos depois, iniciou o curso de Licenciatura em Música, na UFG e, logo após ter se formado, ingressou no curso de Bacharelado em Flauta, na mesma instituição de ensino.

Durante todo esse período na OSJG, a flautista também já se apresentou em turnês internacionais junto ao grupo musical, como a da Alemanha, em 2014, e a da China, em 2018. Além disso, a jovem participou do Festival Villa-Lobos, na Venezuela (2016 – 2017) e, nos anos de 2018 e 2019, do Festival de Trancoso (BA), Festival de Campos do Jordão (SP), chegando a se apresentar na Sala São Paulo, na capital paulista. Sara Orioli também se destacou com o título de Menção Honrosa no primeiro Concurso Jovens Solistas da OSJG, em 2018.

Para a flautista, é de extrema importância a passagem do músico que almeja a carreira profissional por uma orquestra jovem. “É imprescindível. Se você quer entrar em uma orquestra profissional, você tem que entrar em uma orquestra jovem primeiro. Isso aconteceu comigo. Em 2018 eu ingressei na Orquestra Sinfônica de Goiânia (OSGO), que é profissional, e eu tenho certeza de que a minha experiência na OSJG foi um fator determinante para eu conseguir essa vaga. Eu cresci muito dentro da Orquestra”, pontua.

Sara Orioli foi aprovada para cursar mestrado em três instituições internacionais: Universidade de Évora, em Portugal, University of Hull e na Royal Holloway University of London, ambas na Inglaterra. A jovem, que almeja ir primeiramente para Portugal, revela-se ansiosa para iniciar o curso, cuja duração é dois anos. “Eu estou muito animada. Já estou matriculada e vou começar em setembro. Por causa da pandemia e por vários fatores, principalmente pela questão financeira, iniciarei à distância. Estou juntando dinheiro para custear as despesas, pois eu conquistei uma bolsa que irá cobrir somente as taxas da Universidade”, relata.

 

Por Rosângela Porto

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