Em uma reviravolta que abalou a tranquilidade da cidade de Goianésia, o atual prefeito, Leonardo Menezes, tomou medidas drásticas para denunciar uma série de irregularidades nas obras do novo hospital municipal. As revelações recentes destacam uma cadeia de má administração e negligência por parte da gestão anterior, liderada pelo ex-prefeito Renato de Castro
O escândalo veio à tona quando o prefeito Leonardo Menezes decidiu enfrentar a situação de frente, buscando justiça e responsabilização para as práticas questionáveis que foram descobertas durante auditorias detalhadas. Um relatório detalhado, proveniente de duas auditorias – uma interna e outra externa – foi apresentado ao Ministério Público, revelando uma história perturbadora de desperdício de recursos e descaso com os padrões de execução adequados.
A construção do novo hospital municipal, que foi iniciada em junho de 2020 sob a administração anterior, foi destinada a ser um marco de atendimento de qualidade à população de Goianésia, financiada por recursos federais e municipais. No entanto, os resultados das auditorias interna e externa são nada menos que alarmantes. A situação atual das obras é tal que mais de 70% da construção já foi executada, mas a presença de erros de projeto e execução tornou impossível a finalização da estrutura.
De acordo com os relatórios, as irregularidades começaram já na concepção do projeto. O projeto arquitetônico foi elaborado sem os estudos técnicos detalhados necessários, levando a incompatibilidades entre diferentes aspectos do projeto e erros gritantes. Além disso, as empresas responsáveis pelos projetos complementares não possuíam a experiência, qualificação técnica e financeira necessárias para lidar com uma obra desse porte, resultando em uma série de problemas de execução.
Um aspecto particularmente alarmante da denúncia é a possível existência de direcionamento no processo de licitação. A Comissão Permanente de Licitação, que deveria garantir um processo imparcial e transparente, agora é suspeita de não cumprir seu dever, sugerindo influência indevida na seleção das empresas envolvidas no projeto.
O ex-secretário de Planejamento da administração anterior também não escapou do escrutínio. Sua falta de ação diante das crescentes preocupações e falhas na obra contribuiu para a crise atual. A incapacidade de tomar as medidas necessárias a tempo levou a um ponto crítico onde aditivos – ou alterações contratuais – não podem mais ser feitos de acordo com a lei.
A cidade de Goianésia, que ansiava pelo novo hospital como um marco de atendimento moderno e eficaz, agora está presa em um impasse que ameaça a saúde e o bem-estar de sua população. O atual prefeito, Leonardo Menezes, tem se esforçado para trazer justiça a essa situação. Uma reunião entre as partes interessadas ocorreu recentemente, incluindo o prefeito, o procurador geral do município e o promotor de justiça, na busca de um Termo de Ajuste de Conduta que permita a conclusão das obras e a entrega desse tão necessário hospital à comunidade.
Agora, os olhos da cidade estão voltados para o Ministério Público, que receberá e analisará as auditorias e suas descobertas. O veredicto do MP determinará as ações subsequentes para responsabilizar os envolvidos por suas ações. A população de Goianésia, que anseia por um hospital moderno e funcional, está à espera do desenrolar desse escândalo que abalou as bases da administração pública local e a confiança no uso adequado dos recursos públicos.